Ponteiro punhal...

"Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz." Romanos 13:11-12


Tempo… Tempo… Tempo… 

Deixe-me te fazer um pedido, 

Não roube meus momentos,

Mostrando-me quanto tempo tenho 

Não ponha em meu coração teu ponteiro punhal 

Não vá embora, não me tire daqui agora 

Do momento, do sentimento, do próprio tempo…

Feito grão de areia e folha a despencar em rio perene sou

Feita do que passa e do que passou 

Não és amigo ou inimigo, tempo, mas ambíguo

Larga meu coração! Tira dele tua invenção

Que me faz pensar no que não aconteceu

Definhando em quanto tempo tenho 

Calculando em teus ponteiros, buscando o rei e seu guerreiro 

Numa batalha contra o tempo para vencer todo o vozeiro 

Que habita a mente impaciente de quem é paciente do esperar 

Esperar o tempo para curar

Sou tua paciente e tua vítima

Apunhalaste meu coração

Teu ponteiro me fincou na realidade,

A consciência desabou e desbotou o inconsciente 

Engolidos por uma serenata atemporal 

Do medo do tempo que tenho 

Que engole os minutos e regurgita a subtração da vida 

Pois quanto mais o tempo passa, mais posso ver suas garras 

Tempo ferino, tempo destino,

Tempo menino, tempo divino do Deus que é trino.




Comentários

Postagens mais visitadas