Maestria...
As cordas de um coração
No rugir do leão
No bater milimétrico das asas de um beija flor
Em cada aroma e sabor
Posso enxergar sua obra
Assinada na pétala de cada flor
No bramido das ondas do mar
No som que fazem as folhas com o vento a serpentear
Em cada fenômeno e evento harmônico
Enxergo a beleza daqu'Ele que rege a orquestra
Com maestria não permite que um só instrumento saia do tom
Da plateia observo sua obra
Após a primeira apresentação que, apesar da dor e melancolia, sucita em nós a percepção que há misericórdia para os personagens da história tocada
Começa então, a parte mais conhecida, fica na página 5 da nova parte da partitura, as notas vão do verso 3 ao 16
Uma história de redenção é retratada nesse momento
Ao meu redor, percebo todos fixionados pelo que ouvem
Alguns choram
Eu, no entanto, tive a sensação de já conhecer aquela melodia, apesar de ser a minha primeira vez ali
Nesse espetáculo, a plateia interage com o maestro
Operando em consonância com a partitura que este escreveu
O maestro também tocou ao final da apresentação, nunca tinha presenciado nada parecido
Regia as cordas não apenas de longe, mas as tocando também, pois havia n'Ele a chama melódica da criação da orquestra, que nunca se apagou
Havia um músico naquele maestro e em nossos corações haviam cordas que ansiavam por seu toque para não mais destoarem da harmonia dos sons dos instrumentos
Naquele instante compreendi: todos ali, inclusive eu, eram músicos
Havia tanto tempo que abandonamos nossos instrumentos que esquecemos que a orquestra era o nosso lugar
Devidamente regidos pelo maestro dos maestros
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